Pesquisa de campo na ZS
Nosso norte na Sul: do Paraíso ao Sacolão das Artes



Cruzar as pontes que margeiam os grandes centros comerciais da grande metrópole.
Desensacolar contrastes: num dia inteiro, sentir a quentura do sol e o frescor da água da chuva
contemplar a imensidão de um rio malcheiroso
a magnitude do soberbo centro comercial
a beleza sem photoshop que retrata da menina da favela sem retrato
o cheiro desperfumado de gente
a textura desagradável da realidade nos causando arrepios de calor
comer feijão de corda, carne seca e pra descer melhor toda a paisagem: uma breja gelada
uma parada na casa da ex-militante falante, dona Maria
uma conversa com o negro que encabeça a batucada da vida, o samba (sem?) poesia, sem espetáculo
um café bem passado no Sacolão
uma via-sacra tão bem conduzida
um fragmento de vida dura
outro de vida mansa
uma São Paulo Zona Sul sob um bravo olhar,
um bravo caminhar
uma brava companhia.